sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Contração Muscular

Este trabalho tem por finalidade discutir a relação entre os tipos de fibra muscular e seu desempenho no processo de contração muscular, neste momento, não tenho como objetivo discutir a estrutura do músculo esquelético.

Todos os movimentos se compõem de conjuntos de contrações de unidades motoras ordenadas em sua ação para produzir o movimento criado.

O movimento humano realizado atráves da ação do músculo torna necessária a conversão de energia química contida no trifosfato de adenosina (ATP) para energia mecânica (conforme visto no trabalho anterior). As forças musculares atuam sobre o sistema corporal de alavancas ósseas para movimentar um ou mais ossos ao redor de seu eixo articular a fim de impulsionar um objeto, movimentar o próprio corpo ou realizar essas duas ações simultaneamente.
Energia para a Contração

A degradação de ATP em ADP + Pi e a liberação de energia servem para energizar as pontes cruzadas de miosina que, por sua vez, puxam as moléculas de actina sobre a miosina e, deste modo, encurtam o músculo.
Essa "puxada" de actina sobre a molécula de miosina acarreta o encurtamento muscular e a geração de força.
O desenvolvimento de força e a contração somente ocorrem quando as pontes cruzadas encontram-se no estado de ligação forte.


Etapas que levam à Contração Muscular


Abaixo a representação de uma Fibra Muscular, para maior compreensão:

Antes da contração muscular, a cabeça de miosina inclina-se literalmente ao redor de uma molécula de ATP repleta de energia e se levanta como uma espiral. Conforme observado na figura abaixo, onde representa os filamentos de actina e miosina em um músculo relaxado, na relação anatômica entre actina, a troponina e a tropomiosina, que a troponina está diretamente ligada a tropomiosina, Essa disposição permite que a troponina e a tropomiosina bloqueiam os sítios ativos na molécula de actina onde as pontes cruzadas de miosina devem se ligar, a fim de formar um estado de ligação forte para produzir uma contração.



A contração muscular se inicia com a liberação de íons de Cálcio do retículo sarcoplasmático, liberando Cálcio intracelular que se liga à troponina (previne a interação actina-miosina), assim a tropomiosina é removida dos sítios ativos na actina e a ligação da ponte cruzada pode ocorrer. O músculo é "ligado" para realizar a contração quando ocorre a junção.


A junção dos locais ativos sobre a actina e a miosina ativa a miosina ATPase para que haja a cisão do ATP. A energia gerada desta cisão acarreta a movimentação das pontes cruzadas de miosina, que produz a tensão muscular.

O ATP liga-se à ponte cruzada de miosina o que rompe a conexão actina-miosina e faz com que a ponte cruzada possa dissociar-se da actina. Isso torna possível o deslizamento dos filamentos espessos e finos uns sobre os outros, com encurtamento do músculo. Conforme a figura abaixo:





A ativação das pontes cruzadas continua quando a concentração de Cálcio é suficientemente alta (por causa da despolarização da membrana) para inibir o sistema troponina-tropomiosina.

Quando cessa a estimulação do músculo, a concentração intracelular de Cálcio cai rapidamente quando o Cálcio retorna aos sacos laterais do retículo sarcoplásmatico através do transporte ativo que depende da hidrolíse do ATP.

A remoção do Cálcio restaura a ação inibitória de troponina-tropomiosina. Na presença de ATP, a actina e a miosina permanecem no estado dissociado e relaxado.


Receptores no Músculo

O músculo esquelético possui vários tipos de receptores sensoriais. Entre eles estão os Fusos Musculares e os Orgãos Tendinosos de Golgi. Para que o sistema nervoso controle adequadamente os movimentos da musculatura esquelética, ele deve receber informações sensoriais contínuas do músculo em contração. Essa retroalimentação sensorial inclui informações relativas à tensão desenvolvida por um músculo e uma avaliação do comprimento muscular.

O Fuso Muscular tem como função detectar o comprimento no músculo e fornecer as informações sensoriais.

Os Orgãos Tendinosos de Golgi tem como função monitorar continuamente a tensão desenvolvida durante a contração muscular.

Em essência, eles servem como dispositivos de segurança que ajudam a previnir a força excessiva durante as contrações musculares, fornecendo uma retroalimentação ao sistema nervoso central.

Desta forma, a "Mão" com tópico gerador nos permite entender que todos os movimentos realizados por ela são possíveis graças ao processo de contração intracelular, o qual depende da energia liberada na cisão do ATP, que, por sua vez, depende das três fontes para a sua produção no músculo durante a contração: a fosfocreatina, glicolíse e fosforilação oxidativa. Conforme vimos no trabalho anterior sobre produção de energia.

Bibliografia:

MCARDLE, W. Fisiologia do Exercício 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008

ROBERGS, R.A. Princípios fundamentais de fisiologia do exercício para aptidão, desempenho e saúde. São Paulo: Phorte, 2002

POWERS, S.K. Fisiologia do Exercício 6.ed. São Paulo: Manole, 2009

Referências:

http://auladefisiologia.wordpress.com/page/2/

http://stbnutri.blogspot.com/2008/01/nutri-e-esporte-uma-abordagem.html

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ministério do Esporte

Nosso trabalho sobre o Ministério do Esporte teve como objetivo descobrir e entender sua importância, como ele se organiza, qual sua estrutura, quais suas funções, quais secretarias que constitui e suas políticas, planos e programas.

O Ministério
O Ministério do Esporte é responsável por constituir uma Política Nacional de Esporte. Além de desenvolver o esporte de alto rendimento, O Ministério trabalha ações de inclusão social por meio do esporte, garantindo à população brasileira o acesso gratuito à prática esportiva, qualidade de vida e desenvolvimento humano.
Secretaria Executiva
No Ministério do Esporte, a Secretaria Executiva é responsável pelo gerenciamento de recursos para a construção, modernização de quadras, ginásios, espaços esportivos e aquisição de equipamentos para instituições de ensino e comunidades.

Alguns Programas e Projetos da Secretaria Executiva


A Conferência Nacional do Esporte foi convocada pelo Decreto Presidencial de 21 de Janeiro de 2004, configura-se com um espaço de debate, formulação e deliberação das Políticas de Esporte e Lazer para o país.

O programa promove a ressocialização de internos do sistema penitenciário por meio da fabricação de materiais esportivos. Além da profissionalização, os detentos reduzem um dia da pena para cada três dias trabalhados e recebem salário de acordo com a produção.


A ação envolve pessoas em situação de risco social em fábricas de material esportivo. O programa objetiva a inclusão social de pessoas em comunidades carentes e o ingresso dos mesmos no mercado de trabalho. Os rendimentos são divididos conforme a produção. O material feito nas fábricas dos dois programas (bolas, bolsas, redes, camisetas, bonés e bandeiras) é utilizado pelo Ministério do Esporte para a distribuição em núcleos dos programas Segundo Tempo e Esporte e Lazer na Cidade e em escolas e entidades sociais de todo o país e do exterior.


O Ministério do Esporte é formado por três secretarias que são as seguintes:
Secretaria Nacional de Esporte Educacional

A Política Setorial de Esporte Educacional propõe-se implantar ações, projetos e programas em parceria com outra áreas do governo federal, estadual, municipal e com a iniciativa privada assumindo o paradigma do direito e da inclusão social ao proporcionar, através da prática esportiva, o aperfeiçoamento de capacidades e habilidades indispensáveis ao processo de formação e desenvolvimento humano.

A esta secretaria compete dois departamentos, são eles:
  • Departamento de Esporte Escolar e de Identidade Cultural

  • Departamento de Esporte Universitário
Alguns Programas e Projetos


O Segundo Tempo como Programa Estratégico do Governo Federal tem por objetivo democratizar o acesso à prática e à cultura do esporte de forma a promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens, como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade de vida, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social.


A parceria firmada entre o Ministério do Esporte e o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, possibilita a captação de recursos incentivados junto a pessoa físicas e jurídicas, as quais poderão direcionar suas doações aos Projetos Esportivos Sociais aprovados de sua preferência, por meio de depósitos em conta específica no Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente, conforme disposto no Art. 260 do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA.



O esporte, como expressão de cultura, é um fator de desenvolvimento humano, portanto, a educação não pode prescindir dessa produção humana representada pelas atividades de esporte e de lazer, especialmente pelo caráter lúdico e pela atração e fascínio que exerce sobre as crianças e adolescentes.
Nesse sentido O Ministério do Esporte, em parceria com o Ministério da Educação, na perspectiva do Programa Mais Educação, pretende ampliar o Programa Segundo Tempo para promover a universalização do acesso ao esporte, tendo como foco de intervenção a Educação Básica.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Comercial da Coca-Cola Copa do Mundo 2010 - patrocinadora da FIFA

"O evento vale pelo seu conteúdo de emoção, fantasia, participação e realização."

O target relaciona o sucesso do evento à marca do patrocinador e esse comercial mostra que o recall (lembrança e fixação da marca) foi extremamente alcançado.

Eventos Esportivos

Segundo Poit (2006, p 19), evento é um conjunto de ações profissionais previamente planejadas, que segue uma seqüência lógica de preceitos e conceitos administrativos, com o objetivo de alcançar que possam ser qualificados e quantificados junto ao público alvo.

Os eventos esportivos além de serem esse conjunto de ações profissionais têm também como interesses, entreter o povo, divulgar alguns esportes pouco conhecidos (no caso dos mundiais), promover de maneira turística e trazer muitos lucros ao local onde esta sendo sediado, transformado alguns atletas em ícones e ídolos de determinado esporte, entre outros.
Quando o evento é esportivo, o mesmo comporta algumas subdivisões:
  • Campeonato
  • Torneio

  • Olimpíadas

  • Taça ou Copa

  • Festival

  • Gincana

  • Desafios

O Evento como atividade de marketing

O que torna o evento como uma atividade de marketing é sua capacidade de juntar o negócio do patrocinador com os consumidores potenciais em um ambiente interativo. A força do evento reside na sua capacidade de desenvolver o negócio do patrocinador como parte integrante da sua estratégia promocional.

Um exemplo é a Coca-Cola, que é patrocinadora da Federação Internacional de Futebol - FIFA - e dos campeonatos mundiais promovidos pela entidade em todas as categorias.












O marketing de eventos
O conceito de marketing de grandes eventos baseia-se no uso de macroeventos como estratégia promocional de marcas. Daí a importância dos chamados "esportes mundiais", ou seja, esportes que são praticados em todo o mundo são objetos de macroeventos.


O Evento Esportivo como atividade econômica

Temos que pensar no evento como uma atividade econômica que gera uma série de benefícios para as empresas patrocinadoras, para a cidade promotora do evento, para o comércio local, restaurantes e hotéis, e para a comunidade.

Os eventos de grande porte e os macroeventos dão margem ao surgimento de uma cadeia de valor, constituída dos seguintes elementos:
  • O turismo de eventos
  • O comércio de eventos
  • A indústia do entretenimento de eventos

São, portanto, elementos interdependentes, cujos efeitos são gerados em cadeia - o aumento do turismo de eventos, gera um aumento no comércio de eventos, e este, por sua vez, provoca aumento no volume de ofertas da indústria do entretenimento de eventos.






Pão e Circo


O evento como uma forma de entreter as pessoas pode ser considerado uma forma de controle social, como a política do "pão e circo", adotada pela Roma Antiga que usava o slogan, "dê ao povo pão e circo que eles não terão motivos para revolta", a idéia de suprir as necessidades básicas e oferecer o entretenimento como forma de tirar o foco do povo para questões importantes como a política, por exemplo, ainda são vistas nos dias de hoje.



Assim os eventos esportivos não são apenas programação, planejamento, execução e monitoramento, mas também têm como interesse entreter o povo, divulgar esportes pouco conhecidos e trazer ao local onde esta sendo sediado benefícios turistícos e lucrativos.

domingo, 27 de junho de 2010

Escritores da Liberdade


O filme Escritores da Liberdade acontece numa escola de Long Beach onde professora sra. Gruwell se depara com um contexto difícil. A professora tem como desafio lecionar aulas para uma turma problemática, onde muitos alunos fazem parte de um chamado "Programa de Integração".
Na escola a professora se depara com muitas dificuldades. De um lado adolescentes traumatizados por uma realidade social conturbada que vivem em Long Beach e de outro lado a educação que não sabe como lidar com esses problemas.
Os alunos vivem uma situação difícil, falam de questões do quanto o que importa em Long Beach é a aparência, se é latino, asiático ou negro. Eles lutam por causa da raça, orgulho e respeito. Lutam por território, o que chamam de América deles. Se dizem soldados, não da guerra, mas das ruas. Eles lutam por suas vidas. Na verdade vivem uma guerra não declarada.
A escola por sua vez tem como objetivo apenas institucionalizar os adolescentes, se utiliza do "sistema educacional" como uma forma de controle social, como cita Brach quando se refere na educação através do esporte para quem "a educação aqui significa levar o indivíduo a internalizar valores, normas de comportamento, que lhe possibilitarão se adaptar à sociedade capitalista. Em suma, é uma educação que leva ao acomodamento e não ao questionamento."
Assim, a sra. Gruwell, por um lado tenta despertar o interesse dos alunos e de outro lado lida com as dificuldades de interesse e investimentos na educação por parte da escola. Com determinação, a sra. Gruwell tenta conhecer melhor os alunos e que conheçam uns aos outros para perceberem que estão na mesma situação.
A professora que acredita na educação como sendo transformadora, diferentemente da escola, que subestima a inteligência e a capacidade dos alunos, trabalha com a intenção que os alunos encontrem novas fronteiras e expandam seus horizontes para que haja a mudança. Ela utiliza como ferramentas de trabalho materiais que chamam a atenção dos alunos, ela os dá liberdade e questiona a escola e o "sistema educacional", por isso faz a diferença.
O filme é baseado na estória real do "Diário dos escritores da liberdade" e para nós que vamos trabalhar com a educação é importante para percebermos que teremos dificuldades para lidar com alunos em situações psico-sociais complexas e dificuldades com um "sistema educacional" muitas vezes deficiente, mas também para percebermos que a educação tem grande poder de transformar as pessoas em melhores aprendizes, pensadores e professores.

Fica a Dica: Assista este filme, é fantástico.

domingo, 13 de junho de 2010

Avaliação final 1º Semestre

Na segunda avaliação do semestre tivemos como desafio escolher uma obra de arte e relaciona-la com as temáticas trabalhadas em sala de aula. Escolhi esta obra do artista Naif Josinaldo de tema "Povoado ribeirinha Rio São Francisco" pelo fato de que estão presentes muitas das manifestações trabalhadas. O primeiro fato que me chamou a atenção é o prazer que a obra me proporciona ao admira-la, porque ela me transmite a ludicidade em todos os aspectos, como cita Marcelino para quem "o lúdico não é em si mesmo ou de forma isolada em essa ou aquela atividade (brinquedo, festa, jogo e brincadeira) mas como componente da cultura". Nesta imagem é perceptível que todos os personagens se encontram numa dimensão lúdica quase que completa. No jogo das crianças com o cachorrinho e dos meninos correndo na frente é a forma mais explícita, já os trabalhadores também nos remete o lúdico de uma forma mais implícita, o trabalho era de certa forma mais livre do que nos dias de hoje, onde naquela época as pessoas trabalhavam para viver e não viviam para trabalhar como nos dias de hoje, esse fato nos mostra que o trabalho poderia ser considerado muito mais lúdico do que é hoje. Na imagem até o trabalho pode ser visto como uma forma de jogo que, para Huizinga (1980) "o jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida quotidiana". Essas características entre outras como o fato do quanto o jogo é sério, com a idéia de isolamento e limitação, me fez perceber que o trabalho é uma forma de jogo. Jogo este que pode ser classificado como cooperativo, já que se faz necessária a participação de todos em busca do mesmo objetivo. Até mesmo este fato de se considerar o trabalho como um jogo, se comparado aos dias de hoje nos grandes centros urbanos, ele seria considerado muito mais um jogo competitivo do que cooperativo, já que vivemos uma situação onde o capitalismo manipula cada vez mais a sociedade. Já o menino com o berimbau me faz pensar em diversas manifestações, talvez pelo fato de ligarmos o berimbau com a capoeira e suas manifestações, como a dança que é uma forma de expressão da cultura corporal e que segundo Darido "a dança possibilita a exploração da criatividade através da descoberta e da busca de novas formas de movimento", que já traz também a idéia de ginástica que esta presente em quase todas as manifestações da cultura corporal de movimento, quando as pessoas pulam, saltam e etc. Outra manifestação ligada a capoeira e ao menino com o berimbau também é o jogo onde parece que ele e os outros meninos são impulsionados pela motivação lúdica a jogar capoeira, onde reside, como cita Huizinga "(...) a intensidade, o poder de fascinação, a fuga da vida "real". Assim esses meninos também podem ver a capoeira como luta, onde segundo os PCNS (Brasil, 1998) "As lutas são disputas em que o oponente deve ser subjulgado, através de técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização, ou exclusão de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa." Assim, a arte da capoeira tem essa possibilidade de ser dança, jogo, luta e esporte, basta a forma como ela é encarada. Outra forma de luta pode ser vista como uma luta pela sobrevivência, onde o trabalho é a forma de ataque em defesa da sobrevivência, a busca por uma boa safra, as condições de caça, podem ser encarados com batalhas constantes nesta luta. Outro fato é o quanto a obra me transmite a idéia de lazer como cita Dumazedier, para quem "o lazer é um conjuto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desisteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora." Todas essas questões citadas por Dumazedier são possíveis na imagem onde apresenta muitas alternativas de ações e participações. Assim, o corpo é um meio pelo qual, através do movimento se transmite cultura. E este movimento que é tema da Educação Física se manifesta através da dança, da luta, do jogo, do esporte e da ginástica. Dessa forma a cultura pode significa toda a produção humana. O termo cultura corporal tem a intenção de reduzir esse campo à produção humana vinculada às práticas corporais e suas representações simbólicas. A expressão cultura corporal de movimento permite ampliar o campo de análise a todas as práticas relacionadas ao movimento e suas representações. Dessa forma, o nosso curso que segue o construtivismo, onde segundo Piaget "a intenção no construtivismo é a construção do conhecimento a partir da interação do sujeito com o mundo, além do ensinar e aprender", percebi que o conhecimento construído durante o semestre, onde consideramos também o conhecimento que já possíamos, se fez presente a partir dessa interação com o mundo, numa dinâmica onde tudo se relaciona o tempo inteiro, assim, toda essa bagagem adquirida nos possibilita ter um novo olhar em relação ao mundo, onde as relações se fazem.
Bibliografia
Darido, Suraya Cristina; Rangel, Irena Conceição: Implicações para prática pedagógica, Rio de Janeiro, edt. Guanabara Koogan, 2005.
Huizinga, Johan: Homo Ludens, 5° edição, 1° reimpressão, editora Perspectiva, São Paulo, 2004
Daolio, Jocimar: Da cultura do corpo, 12º edição, editora Papirus, Campinas-SP, 2007
Marcellino, Nelson Carvalho: Estudos do Lazer - Uma introdução, editora Autores Associados, 2006

A vida é bela - Um belo Jogo

Apartir da leitura de Huizinga em Homo Ludens pude fazer uma relação com o filme "A vida é Bela". Este filme conta a história de um judeu que foi capturado com sua esposa e filho e ficaram presos num campo de concentração durante o nazismo. Guido, o pai, cria um jogo para o filho Josué, ele possibilita a seu filho viver não a guerra, mas um jogo, no qual o prêmio é um tanque de guerra. Como na cena abaixo:





Como cita Huizinga, para quem "o jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da "vida quotidiana".

Todas essas características citadas por Huizinga podem ser vistas o tempo todo no filme. Outra cena incrível é quando josué quer ir embora, quando ele percebe que "pode" ir, se quiser, percebe que é livre, que é jogo, se não fosse livre não seria jogo, não seria lúdico. Assim o jogo com seu poder de "fuga do mundo real" permitiu a Josué não viver a realidade da guerra.

Fica a dica: Se você ainda não viu este filme vale a pena ver, se já viu vale a pena ver de novo. É um filme incrível!!!

Visita ao Museu do Futebol


"A criança se educa, vivendo", dizia o educador brasileiro Anísio Teixeira. Eu completaria essa frase ampliando aos adultos também. No nosso curso percebemos o quanto a vivência é importante, levar o aprendizado do curso para além da sala de aula e trazer o mundo para dentro dela, assim as relações se fazem, e entender o todo fica mais fácil. Assim fomos ao Museu do Futebol localizado no Estádio do Pacaembu como o objetivo de relacionarmos o museu com as temáticas trabalhadas em sala de aula.
À partir desta visita ficou claro a mudança na forma de perceber o mundo no geral desde o início das aulas. Assim como na imagem do galo, que trabalhamos em sala de aula com o professor Mauricio, pude perceber que, não só poderia olhar da janela, mas que também poderia ter uma visão global daquele universo que estava na minha frente, desta forma pude perceber não só o futebol em si, mas a cultura, a vivência, a tecnologia, o lúdico e etc.
Ao perceber que a história do nosso país se entrelaça com a história e a evolução do futebol, ficou claro que as práticas Eugenistas no início do esporte e importantes lições que sua prática trouxe para o nosso país, quando o futebol passou a não discriminar, juntando brancos, negros e mestiços, elite senhorial e povo humilde. O reação militarista, e assim em épocas tão difíceis a descoberta do lúdico, a necessidade da liberdade, do prazer, do divertimento, mesmo que por um tempo determinado, até o futebol esporte de rendimento e os grandes sucessos nas copas de 58 e 62, trazendo consigo uma visão tecnicista, que tinha como objetivo formar atletas.
Como vimos no decorrer destes anos a partir da influência do esporte o mundo começou a mudar, o esporte com seu poder de aproximar quebrou tabus e sua prática passa a influenciar a educação e vice versa. A tecnologia passou a espalhar cultura. A Era do Rádio ampliou o interesse pelo esporte e pela música popular. O futebol foi o primeiro instrumento de comunicação universal. Ficou evidente o quanto o esporte estimulou a ciência e a tecnologia.
Os grandes momentos da história estão ligados a importantes acontecimentos no esporte, dessa forma se o Brasil é assim hoje muito se deve ao futebol.

Fica a dica: Visite o Museu do Futebol e mergulhe neste mundo visto de uma nova maneira.
Para saber mais: www.museudofutebol.org.br

Adaptação ao meio líquido e Iniciação a Natação

A nossa aula no dia 19 de Março na piscina com o professor David onde tivemos adaptação ao meio líquido e iniciação a natação foi muito interessante. Eu particularmente gosto muito de natação, fiz aulas quando era menor e pretendo trabalhar na área e nesta aula foi interessante o fato de como o professor conduziu a aula, e a visão que eu tive não foi de discente, mas sim de docente, me liguei bastante na postura do professor e como a aula foi conduzida. Apesar de uma unica aula, foi uma experiência bastante enriquecedora, que será valiosa num futuro próximo.

Educação Física é Ciência? O que é Ciência?


Com o objetivo de entender o que é ciência o meu grupo foi buscar o início do processo até chegar na ciência. Assim, nos deparamos com o mito como o ponto de partida.

O Mito ---

Um mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa, pronunciado para ouvintes que recebem a narrativa como verdadeira.

O Mito --- A Filosofia ---

A filosofia é o amor e o respeito pelo saber, onde há a disposição interior de que estima este saber. Sócrates é considerado o patrono da filosofia. Ele jamais se contentou com as opiniões estabelecidas, com preconceitos e crenças inquestionadas. Ele dizia que era instigado por um espírito que o fazia desconfiar e procurar a verdade em todas as coisas. Ele questionava as pessoas de forma que as faziam chagar a conclusão que elas realmente não sabiam de nada.

Trabalhamos com O Mito da Caverna, conforme o vídeo a seguir:



No mito da caverna quando o homem entra na caverna e começa a questionar os "homens da caverna" ele faz o papel do filósofo. Relacionamos também com o filme Matrix, na famosa cena quando Morpheus fala para Neo que aquele mundo não é real e lhe dá a possibilidade de escolher entre tomar a pílula azul ou a vermelha. Tomando a azul, Neo voltará a sua vida ilusória. Tomando a vermelha, conhecerá a verdade que esta por trás do que julga ser real, a dicotomia do mundo ilusório e do mundo real. Neo foi impelido por Morpheus.


O Mito --- A Filosofia --- A Ciência

A ciência desconfia da veracidade de nossas certezas, de nossa adesão imediata às coisas, da ausência de crítica e de falta de curiosidade. A ciência surgiu da necessidade de comprovar as questões da filosofia. A ciência é um estudo aprofundado de algo, saber tudo sobre o objeto de estudo, argumentos baseados em estudos, pesquisas para comprovar ou registrar a verdade.

O verdadeiro significado da ciência, que a distingue de toda outra forma de nossa atividade civilizada.

Onde vemos:
  • Coisas
  • fatos
  • Acontecimentos
A ciência vê:
  • Problemas
  • Obstáculos
Que precisam ser:
  • Explicados
  • Afastados
MITO --- FILOSOFIA --- CIÊNCIA

Dessa forma mito, filosofia e ciência estão numa relação dinâmica a todo tempo.
Assim, entendemos a ciência e concluímos que a Educação Física se usa de outras ciências, de métodos científicos, mas em si não é ciência. Já Manoel Sergio considera a Educação Física através da Motricidade Humana como ciência.

Esporte e Esporte em forma de jogo

Com o objetivo de identificar diferenças e semelhanças entre o esporte e o mesmo em forma de jogo, tivemos como tarefa filmar as duas manifestações e assim provar o porque que é esporte e o porque que é jogo. Escolhemos o vôlei e algumas diferenças e semelhanças ficaram evidentes como menciona Feio (1978) no momento que menciona que "o esporte e o jogo têm em comum elementos essenciais: Liberdade, prazer e regras, mas esses elementos se diferenciam numa e noutra atividade: A liberdade e a gratuidade são inerentes ao jogo, no esporte não se exclui a importância dada aos resultados, o que se faz é tão importante quanto a livre escolha que se fez; No jogo, o prazer é processado imediata e unicamente pela motivação lúdica, o esporte integra, em grande proporção, o gosto pelo esforço, o confronto com o perigo e os desafios do treinamento; As regras no jogo conferem ao indivíduo o máximo de liberdade de continuar ou não a prática, as regras do esporte apresentam-se restritivas, imperiosas, minuciosas e coerentes como o objetivo que se deseja alcançar."

O Esporte em forma de jogo


Quando Huizinga menciona que "a intensidade do jogo e seu poder de fascinação não podem ser explicados por análises biológicas. E, contudo, é nessa intensidade, nessa fascinação, nessa capacidade de excitar que reside a própria essência e a característica primordial do jogo." e ao sentir o jogo de fato essa intensidade se faz verdadeira. Assim, o jogo é mais informal, mas muito sério para quem joga, não necessita de grande organização e o objetivo principal é o divertimento, o prazer, a magia, a fuga do mundo real, enfim, o lúdico.

O Esporte

As questões citadas por Feio ficam explícitas na imagem, assim o esporte é caracterizado por sua formalização, a sua organização e seus objetivos. Outras questões como as que vimos na aula da professora Maria Helena no olhar crítico em relação ao esporte também ficam claras na imagem, relacionadas ao quanto o esporte influencia e é influenciado pela cultura, pela sociedade, pela mídia, pela indústria e pelo marketing.

Desta forma Esporte e Jogo são importantes para a sociedade pois agregam valores, educam, as vezes influenciam, socializam e promovem o prazer.

Falando um pouco sobre o corpo

A forma como o corpo foi visto e endendido durante a história influencia a nossa vida em todos os aspectos. Carregamos desde Platão a herança de uma visão dualista, onde ficamos habituados, e até condicionados, a pensar no corpo como sendo oposto a mente, distintos e hierarquizados, em que a mente é supeiror ao corpo.

Essa visão grega dual da realidade pode ser observada na obra abaixo chamada "Escola de Atenas" de Rafael Sanzio (1509-1510):


No centro estão representados Platão, a esquerda, de laranja, com a mão para cima, representando o "Mundo das Idéias" e Aristóteles, a direita, de azul, com a mão para baixo, representando o "Mundo da Razão".

Assim, Platão falava em unidade entre corpo e alma, porém nesta unidade estava presente a dualidade e a hierarquização. O homem no ideal platônico é a alma e não o ser humano em sua totalidade. Continuando nessa mesma linha de pensamento nos deparamos com René Descartes que encontrou subsídios no platonismo para afirmar que corpo é apenas uma matéria, um obstáculo que não pode compreender o mundo. O mundo somente seria alcamçado pelo intelecto. Sem a mente o homem não compreende o mundo. Assim, ficou evidente a semelhança do pensamento cartesiano com as reflexões de Platão.

Novo paradigma - O paradigma da totalidade

Apresenta-se um tipo de pensamento que não fragmenta a realidade. É o paradigma da totalidade. No antigo paradigma usava-se a metáfora do conhecimento com um edifício que ia sendo construído através de blocos de construção. Hoje usa-se a metáfora da teia. Na teia não há acima, não há abaixo, não há hierarquias, nem algo que seja mais fundamental. Neste novo conceito de teia tudo está interligado influenciando reciprocamente. Observador e observado constituem uma unidade.Assim o cartesianismo não só exerceu, como exerce até hoje uma grande influência no nosso modo de pensar. Esta miniatura medieval ilustra a ideologia das três ordens sociais (os que rezam, os que guerreiam, os que trabalham). Até nos dias de hoje podemos perceber a dualidade entre um que pensa e outro que executa, sendo aquele que "pensa" melhor remunerado e aquele que "executa" pior remunerado.






A escola é outro lugar onde a questão dual ainda aparece, onde dá mais valor aos conteúdos ligados à "mente" nas disposições cartesianas chamadas disciplinas como a matemática, a química, a física e etc. Já os conteúdos ligados ao "corpo" como na Educação Física, as artes e etc tem menos valor, que influencia na determinação dos tipos de conteúdos propostos, onde aqueles relativos a fato e conceitos, terem tido e ainda têm um presença desproporcional nas propostas currículares. Outra questão a ser pensada é a forma de ensino que é cartesiana onde existem as disciplinas fragmentadas, onde não se fazem relações.
De acordo com Zabala (1998) APUD Darido, há uma tentativa de ampliar o conceito de conteúdo e passar a referenciá-lo como tudo quanto se tem que aprender, que não apenas abrange as capacidade cognitivas, como inclui as demais capacidades.
O nosso curso na Unicid não se apresenta de forma fragmentada, percebemos que as relações se fazem a todo tempo. É um desafio para nós alunos trabalharmos com a idéia de totalidade porque ainda é algo novo para nós, estamos habituados a fragmentar o tempo inteiro, mas percebemos o quanto é deficiente uma educação que fragmenta porque ela reduz, limita e fica distante de um mundo real. Voltarei a tratar da educação de uma forma mais completa de uma próxima vez.
Assim, podemos perceber que mesmo com o paradigma da totalidade estamos muito condicionados ao modo cartesiano, a fragmentação porque o mundo se apresenta ainda dessa forma, mas que, entender essa dinâmica de eventos inter-relacionados nos fará mudar as atitudes para viver de fato a totalidade.

"A criança que pratica esporte respeita as regras do jogo... capitalista"

Este trabalho de Valter Bracht trata de questões interessantes em relação a Educação Física. Bracht acredita sim no quanto o esporte contribui no processo de socialização das crianças e adolescentes, como, aprendem que entre elas e o mundo existem "os outros", que para convivência social precisamos obedecer determinadas regras, ter determinado comportamento, conviver com vitórias e derrotas; aprendem a vencer através do esforço pessoal;
No entanto, a educação através do esporte leva o indivíduo a internalizar valores, normas de comportamento, que o possibilitarão se adaptar à sociedade capitalista. Uma educação que leva ao acomodamento e não ao questionamento.
Fica evidente que o esporte realmente educa, mas uma educação que muito se aproxima do militarismo, uma forma de controle social. Meio século depois e a situação pouco mudou em relação a educação. Assim, cabe a nós futuros profissionais de Educação Física contribuirmos para uma transformação social em busca de uma sociedade mais livre e justa. Tarefa que já neste primeiro semestre nos mostrou que não será fácil, já que estamos muito condicionados ao não-questionamento, precisamos primeiro mudar a nossa atitude quebrando esse paradigma, e assim, incentivarmos as pessoas que nos rodeiam.

domingo, 16 de maio de 2010

Classificação de Esportes

Diversas são as maneiras de se classificar o esporte e vários são os autores que o fizeram (Cagigal, 1972; Ferrando, 1990; Kolyniak Filho, 1997).Entre tantas nos aprofundamos na classificação apresentada por Manoel Tubino (2000 e 2001) que classificou o esporte sob três aspectos de sua manifestação:

  • O esporte-educação -Neste caso o esporte é um meio de ensino focalizado nas escolas, onde o professor além de proporcionar aos alunos a vivência em diferentes modalidades esportivas deve levá-los a refletir de forma crítica os aspectos negativos e positvos atráves da atividade em relação a sociedade num geral.

  • O esporte-participação - Com o objetivo de lazer, o príncipio é a vivência lúdica. O esporte-participação pode ser praticado por jovens, adultos e terceira idade, sendo homens ou mulheres, portadores de necessidades especiais ou não. Podem ocorrer em espaços públicos de esporte e lazer, clubes, praias e nas ruas.

  • O esporte-rendimento - O objetivo é a vitória sobre os adversários. Neste caso como não se excluí a importância dada aos resultados o que se faz é tão importante quanto a livre escolha que se fez. As regras são universalmente preestabelecidas. Exemplos do esporte de rendimento podem ser vistos pelas transmissões da televisão de campeonatos de diversas modalidades.

Com o objetivo de entendermos e diferenciarmos essas manifestações foi proposto que escolhessemos um esporte para cassificarmos. Escolhemos a Natação e esta diferença ficou evidente conforme abaixo:

Natação como:



Educação


Objetivos: Formação para a cidadania e para um estilo de vida ativo.


Principíos: Participação, Cooperação, Igualdade, Desenvolvimento Esportivo, Co-Educação e Co-Responsabilidade.


Regras: Adaptadas aos princípios.


Características: Para todas as idades; Nas escolas e fora delas; Premiações adaptadas; Valorização da formação integral; Competições esportivas em dosagens adequadas;




Participação

Objetivos: Entretenimento e vida ativa.


Princípios: Participação, Prazer e Não Formação.


Características: Para todos; Voluntários; Pode ser praticado sem adversários; Regras livres;



Rendimento


Objetivos: Vitórias e Sucessos, Conquistas esportivas, Recordes, Prêmios e Valorização pessoal.


Princípios: Superação e Superioridade.


Características: Talentos esportivos; Prática profissional; Dirigido por entidades de direção esportivo.

XADREZ

O xadrez é uma agradável atividade lúdica, que tive a oportunidade de vivenciar na Sexta-Feira 05 de Março. Nesta aula aprendemos algumas movimentações de peças, mas, mais que isso aprendemos que o xadez é um jogo de estratégia que exige grande concentração. Segundo Huizinga (...)Chamar "jogo" à guerra é um hábito tão antigo como a própria existência dessas duas palavras. E o jogo de xadrez é um representação incrível da guerra. Enfim, seja pelo prazer ou para desenvolver habilidades, como concentração e paciência vale a pena vivenciar este jogo.



Para saber mais:

Na internet estão disponíveis informações , partidas, artigos e é possível até jogar. Segue abaixo, um pequena seleção de endereços:









JOGO - Explícito e Implícito

Com o objetivo de identificar e compreender o Lúdico tivemos como desafio identificar no cotidiano duas situações que a dimensão lúdica estivesse quase que completa sendo de deveríamos filmar uma cena de jogo explícito e outra de jogo implícito. De acordo com Huizinga (1980) "(...) o jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da vida quotidiana" (p.33)
Na primeira filmagem identificamos o lúdico como jogo explícito numa partida de futebol e o Pimbolim no Clube Esportivo da Penha. Explícito porque era possível que todos entendessem que se tratava de um jogo, que era lúdico. Como podemos ver no vídeo abaixo:



Na segunda filmagem identificamos o lúdico no jogo implícito, o jogo da pesca. Desta vez experimentamos com a intenção de sentir de fato se era lúdico, e para nossa surpresa sentimos a pesca como um jogo implícito. Implícito porque para entender que é um jogo, precisamos antes compreender o lúdico. Como cita Caillois (1990) questões como o quanto o jogo é prazeroso, o fato de estar fora da realidade, ser absorvente, a idéia de liberdade e invenção ficaram evidentes na pesca.



Com esse trabalho vimos o lúdico sair das páginas dos livros e não só o percebemos de fato, mas tivemos a oportunidade de senti-lo, e não apenas senti-lo mas compreende-lo com uma nova visão.

Jogos e Brincadeiras de Infância


Em nossa primeira atividade com o Professor David foi proposto que fizessemos uma lista com 10 jogos e brincadeiras que brincamos na infância. O fato de já ter tido contato com o quadro Jogos Infantis de Peter Brueghel facilitou a elaboração da lista e também tivemos contato com questões do Construtivismo onde consideramos o conhecimento que já possuíamos resgatando nossa cultura de jogos e brincadeiras.

domingo, 9 de maio de 2010

EDUCAÇÃO FÍSICA: O que é?

Tudo começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de lutar, fugir ou caçar para sobreviver. Assim o homem a luz da ciência executou os seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé: corre, salta, arremeça, empurra, puxa, entre outras. Este movimento foi importante no desenvolvimento humano, mas não significava Educação Física. Este movimento pode ser chamado também de Atividade Física por ser uma prática não intencional.
Já o Treinamento Físico ou chamada ginástica surgiu à partir do movimento humano para, assim, aprimorar estes movimentos. Prática da Atividade Física como treinamento - Ginástica. Esta prática pode ser chamada de Exercício Físico por ser uma atividade com objetivo, intervenção de um profissional, tempo determinado de duração, entre outros.
A introdução da Educação Física oficialmente na escola no Brasil ocorreu em 1851. Esta passou por mudanças de objetivos ao longo das décadas. Vejamos alguns deles abaixo:
  • EUGENISMO - 1940 - Diz que o exercício físico deve tornar a pessoa mais forte com a MUDANÇA. Dizia que o objetivo era a melhora da raça humana, onde se faziam seleção de pessoas saudáveis. A etnia branca era usada como modelo.
  • HIGIENISMO - 1950 - A Educação Física tinha como objetivos de hábitos de higiene e saúde. Valorizando o desenvolvimento do físico e da moral à partir do exercício com a idéia de MELHORA.
  • MILITARISMO - 1960 - Objetivos eram vinculados à formação de uma geração capaz de suportar o combate, a luta para atuar na gerra. Selecionava-se os indíviduos "perfeitos" fisicamente.
  • TECNICISMO - 1970 - O sucesso da Seleção Brasileira de Futebol em duas copas do mundo (1958 e 1962) levou à associação da Educação Física escolar com o esporte, com o objetivo de formar atletas focada na repetição mecânica dos movimentos espotivos. Também chamado de modelo Mecanicista, Tradicional e Esportivista.

Mudanças à partir de 1980 marcam um novo momento histórico social porque passaram o País, a Educação e a Educação Física.

Na Educação Física os objetivos e propostas foram se modificando. A Educação Física escolar desenvolveu-se consideravelmente nos últimos vinte anos. Inicialmente era essencialmente prática, sem fundamentação teórica, posteriormente passou a ter suporte teórico de várias áreas do conhecimento. Atualmente existem ao mesmo tempo na área várias concepções, várias formas de pensar e executar a disciplina, tendo em comum a tentativa de romper com o modelo mecanicista, esportivista e tradicional.

Algumas delas:

  • Desenvolvimentista
  • Construtivista
  • Sistêmica
  • Crítico-Superadora
  • Cultural
  • Psicomotricidade
  • Saúde-Renovada
  • PCN
  • Crítico-Emancipatória

Abordagem Desenvolvimentista

A idéia nesta abordagem é Educar o Movimento, sendo este, o meio e fim da Educação Física. A Educação Física deve privilegiar a aprendizagem do movimento embora possam estar ocorrendo outras aprendizagens como subproduto.

Abordagem Constutivista

A idéia neste caso é Educar pelo Movimento. Segundo Piaget a intenção no construtivismo é a construção do conhecimento a partir da interação do sujeito com o mundo, além do ensinar e aprender. O construtivismo considera o conhecimento que o aluno previamente possui, resgatando sua cultura de jogos e brincadeiras.

Abordagem Crítico-Superadora

Baseada no Marxismo e Neo-Marxismo e Influenciada por José Carlos Libâneo e Dimerval Saviani esta abordagem levanta questões de Poder, Interesse, esforço e contestação. Ela é diagnóstica porque pretende ler os dados da realidade, interpretá-los e emitir um juízo de valor, para confrontar o conhecimento do senso comum com o conhecimento científico para ampliar o conhecimento.

Abordagem Crítico-Emancipatória

Esta abordagem valoriza a compreensão crítica do mundo, da sociedade e de suas relações, sem pretensão de transformar esses elementos por meio escolar. Onde ocorra um processo de questionamento e libertação de condições limitantes e imposições do sistema social, expressa-se na contextualização dos temas da Cultura Corporal: jogo, esporte, ginástica, dança e Capoeira.

Saúde Renovada

Embora tenha semelhanças com o modelo higienista, que promovia a saúde por meio de atitudes nas aulas de Educação Física está tem um caráter renovado com à incorporação de certos princípios como o da não-exclusão. Os objetivos de informar, mudar atitudes e promover a prática sistemática de exercícios. A abordagem considera que um programa de Educação Física escolar como um todo não deve consistir apenas em modalidades esportivas e jogos. (Nahas, 1997)

Psicomotricidade

A idéia é Educar através do Movimento. O envolvimento da Educação Física com o desenvolvimento da criança com a idéia de "Formação Integral" passa a incluir e valorizar o conhecimento de origens Psicológicas. Maior influência desse pensamento no Brasil é do francês Jean Le Bouch.

domingo, 25 de abril de 2010


O filme acontece dentro deste jogo de revezamento de sapatos, em que, mesmo em situações de grandes dificuldades as crianças conseguem viver momentos na dimensão lúdica. Outros jogos, como o jogo religioso do açúcar, que mostra o quanto o jogo é sagrado, o jogo da escrita entre os irmãos, o jogo de bolhas de sabão, o jogo de perguntas no interfone, entre outros. Assim, cenas de jogo explicitas e ímplicitas ocorrem diversas vezes. É realmente emocionante!